quinta-feira, 23 de maio de 2013
ENTRE O FUNDAMENTALISMO E O RELATIVISMO
Há muitos anos um autor escreveu um romance para perguntar: "em seus passos o que faria Jesus?"
Nesses anos muitos cristãos têm-se inspirado com o livro-pergunta. Eu sou um deles.
Depois, outros cristãos começaram a questionar a pergunta, por não podermos saber o que Jesus faria nesta ou naquela situação. Fazer a pergunta implicaria numa resposta nossa, não na de Jesus. Também concordei.
Então, muitos cristãos deixaram de fundar a ética da sua vida nas decisões de Jesus.
Por isto, talvez hoje possamos corrigir a pergunta do autor novecentista, para ficar assim: "o que Jesus fez"?
Lendo os evangelhos sabemos as respostas.
Diante de uma situação que nos exija decidir, precisamos perguntar o que Jesus fez. As situações podem diferir nos detalhes, mas não na essência.
Então, podemos tomar a decisão para enriquecer a nossa humanidade, indagando: "O que devo fazer à luz do que Jesus fez?"
Perguntando honestamente assim, ficamos menos presos ao fundamentalismo e menos seduzidos pelo relativismo.
Acesso em http://prazerdapalavra.com.br/bom-dia/6754-bom-dia-entre-o-fundamemtalismo-e-o-relativismo-.html
Como Moisés passou a seco pelo mar Vermelho .
Por REINALDO JOSÉ LOPES.
A Folha de S. Paulo resume estudo assinado por dois cientistas, explicando como foi a passagem do povo hebreu pelo mar Vermelho. Eis a reportagem. Preste atenção nos tempos verbais utilizados pelo redator brasileiro.
Dupla americana simula milagre de Moisés; divisão do mar teria sido no Nilo.
Segundo o texto bíblico, "um forte vento leste" soprando sobre o mar teria aberto as águas para Moisés e os israelitas que fugiam do Egito. Agora, dois cientistas dizem que o "milagre" é compatível com as leis da física.
Carl Drews, do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas dos EUA, e Weiqing Han, da Universidade do Colorado em Boulder, traçam um cenário que eles consideram "relativamente próximo" do descrito no livro do Êxodo, o segundo da Bíblia.
Em artigo recente na revista científica "PLoS One", eles estimam que um vento de velocidade próxima de 100 km/h, soprando sobre a desembocadura do rio Nilo por 12 horas, teria sido suficiente para empilhar as águas e abrir uma passagem com alguns quilômetros de largura.
Drews e Han chegaram a essa conclusão com simulações, em computador, do comportamento do líquido, e levando em conta como seria a topografia do Egito no fim da Idade do Bronze (por volta de 1250 a.C.). Essa é a época mais aceita para a suposta fuga dos escravos israelitas, liderados pelo profeta Moisés.
Um detalhe importante para que a análise dê certo é que, de acordo com essa hipótese, a travessia dos fugitivos não teria acontecido no mar Vermelho atual.
A maioria dos estudiosos do texto bíblico considera que a melhor tradução para o termo original hebraico, "Yam Suph", não é "mar Vermelho", mas sim "mar de Caniços". A expressão seria uma referência, portanto, não ao mar entre a África e a Arábia, mas a uma área pantanosa (daí os caniços, plantas aquáticas) onde o Nilo encontra o mar Mediterrâneo.
Acontece que as simulações de como era o delta do Nilo nessa época, levando em conta as rochas e sedimentos da região, indicam a presença de um grande braço do rio, o qual se conectava com uma lagoa salobra, o chamado lago de Tânis.
O vento leste descrito no Êxodo, portanto, teria feito recuar as águas rasas (com cerca de 2 m de profundidade) do braço do Nilo e do lago, o que, em tese, teria permitido a passagem de Moisés e seu povo para longe dos guerreiros do faraó.
Além das simulações e dos dados geológicos, os cientistas citam a ocorrência de fenômenos parecidos em épocas recentes. O vento conseguiu façanha parecida em 2006 e 2008 no lago Erie, nos EUA. No fim do século 19, oficiais britânicos viram algo do tipo acontecer no próprio Nilo (leia texto abaixo).
Como tudo que cerca o lado histórico dos textos bíblicos, a pesquisa já nasce polêmica. Drews, por exemplo, fez algo pouco comum em outros artigos científicos: declarou, logo no início do estudo, que poderia ter conflitos de interesse sobre o tema, já que é cristão e tem um site no qual defende a compatibilidade entre ciência e fé.
Nem ele nem Han dizem ter provado a veracidade do Êxodo. Toda a história da fuga dos israelitas do Egito, aliás, é muito contestada por arqueólogos e historiadores.
Gente como o arqueólogo Israel Finkelstein lembra, primeiro, que não há menções ao épico nos registros egípcios nem artefatos ligados à migração de 40 anos de Moisés e hebreus no deserto.
Em segundo lugar, tanto a língua quanto os artefatos dos povos que formariam mais tarde o reino de Israel são praticamente idênticos aos dos povos que já habitavam a antiga terra de Canaã (hoje dividida entre judeus e palestinos), supostamente invadida pelos israelitas.
Por isso, muitos arqueólogos apostam que o povo de Israel teria surgido dentro da própria Canaã, a partir de tribos que já viviam por lá.
Comentário de ISRAEL BELO DE AZEVEDO - "A explicação científica, bastante interessante, não é nova. Em "Milagres do Êxodo" (editora Imago), o cientista britânico Colin A. Humphreys caminha na mesma direção.
Um dos autores, como informa a reportagem, é batista, como Colin A. Humphreys".
Acesso em http://www.prazerdapalavra.com.br/mensagens/arqueologia/3338-como-moises-passou-a-seco-pelo-mar-vermelho.html
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